11 de agosto de 2011

VILANOVA ARTIGAS: O Desenho.

Caros leitores,

Segue nesta postagem, o texto da Aula Inaugural pronunciada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1 de março de 1967. Essa é a reedição da publicação do Centro de Estudos Brasileiros do Grêmio da FAU-USP, datado de 1975.

O texto está em formato .pdf, e está hospedado no 4shared.com com o título "O Desenho". Façam o download pelo link abaixo:


Bom proveito galera!
 




VILANOVA ARTIGAS: A função social do arquiteto.

Caro leitor assíduo deste blog (rs),

Segue o texto datado de 28 de junho de 1.984, redigido por Vilanova Artigas e intitulado: A função social do arquiteto.

Vou analisar esse tema do ângulo específico da arquitetura moderna. no Brasil. E assumo aqui a definição de Tafuri: a arquitetura moderna nasceu das esperanças de transformação social do mundo, frente à Revolução Russa de 1917 e das perspectivas de um mundo novo aí oferecidas. A característica da arquitetura moderna é a unidade, a reunião entre arte e funcionalidade: arte indo integrar-se com a vida na abertura de uma nova idade de ouro.
Nesse contexto. o arquiteto assume sua responsabilidade. que ainda hoje se mantém, de participar, com a arquitetura, das mudanças sociais do mundo ocidental.

     Naquele momento de exaltação social, nos anos 20, o arquiteto pensa as casas para o povo. E a casa popular afirma-se como o maior monumento do século XX. A cidade, sendo o conjunto das casas ligadas entre si. A cidade ideal podendo estabelecer o diálogo da beleza formal entre as casas, onde a arquitetura não termina nas soleiras das portas: é necessário alargar seu conceito, para o de habitat humano.
Mas foi difícil a aceitação da arquitetura moderna. Na exposição das Arts Décoratifs, em Paris, em 1925, criaram até um muro para separá-las do pavilhão do Espírit Nouveau, de Le Corbusier.
Mas, enquanto ele dizia “des canions, des munitions, non, des logis”, marcando a posição e a responsabilidade dos arquitetos, enquanto os arquitetos racionalistas, como Gropius e as siedlungen, souberam fazer propostas contra a guerra, vivia-se o período do nazismo, do fascismo, da preparação para a Segunda Grande Guerra.

     No Brasil, como 1embra Lúcio Costa, as classes dominantes tinham uma visão da arquitetura moderna como sendo produto de “comunistas” e “judeus”. E o que se aceitava como “moderno” era o art -déco, caracterizando até mesmo as posturas municipais, como as do Código Artur Saboya, em São Paulo (1934).
Foram também os arquitetos a única categoria ligada internacionalmente, então, através da UIA, em defesa da paz. Mas a guerra e suas seqüelas vieram mesmo assim. Antes mesmo que ela chegasse ao fim, nos primeiros meses de 1945, fazíamos no Brasil o I Congresso de Arquitetura, onde se destaca a participação do colega Eduardo Kneese de Mello. Seus temas: o papel social do arquiteto, na nova sociedade pós -Vargas; éramos poucos, precisávamos forjar novos quadros; arquitetura e indústria: era necessário industrializar a produção para fazer casas para o mundo. Quanta vocação e sensibilidade demonstravam os arquitetos, naquele instante!

     Para nós, o Brasil do período pós-45 tinha semelhanças com a década de 20 pós –revolucionária européia. Havia a oportunidade para fazer uma revolução social no Brasil, com a queda de Vargas. Talvez tenha sido um idealismo filosófico a postura que então abracei: conhecer os problemas do povo, consolidar a paz internacional, contrariamente aos que desejavam que a guerra se prolongasse, contra a URSS.
É nessa época que participava politicamente, como militante do PC, desenvolvendo uma prática leninista; projetava o Edifício Louveira; idealizava o estádio de futebol do São Paulo. O que mostra que é possível ser cidadão e artista, ao mesmo tempo. É dessa época também o artigo “Caminhos da Arquitetura”.
     Nesse texto, parto da constatação da impossibilidade de o capitalismo resolver a temática social, e obter a harmonia entre as necessidades sociais, a arquitetura e o desenvolvimento histórico do país. Esse artigo é válido até hoje, e o final dele – onde afirmo que até lá, até que a arquitetura tenha a suma glória de ser discutida nas fábricas e nas fazendas, não haverá arquitetura popular – também é válido ainda. Afirmo a necessidade de uma atitude crítica em face da realidade. Mas reservo o direito do arquiteto pensar utopicamente.

     Utopia. Brasília cercada de favelas. De formulação tipicamente Ville Radieuse, década de 20, as quatro funções da Carta de Atenas. Mas onde o homem está nelas ? Qual homem ? O que ele é ?
A arquitetura brasileira não tem merecido a atenção dos intelectuais, exceto de um pequeno grupo que se interessa por arquitetura. Mas há, por exemplo, a bela análise do filósofo alemão Habermas, Modernidade versus Pós -Modernidade.

     Em 1962, fiz o projeto para o edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, minha universidade, campo cultural onde sempre trabalhei. Este prédio acrisola os santos ideais de então: pensei-o como a espacialização da democracia, em espaços dignos, sem portas de entrada, porque os queria como um templo, onde as atividades são lícitas.

     Com o golpe de 1964, e vinte anos depois, os problemas do Brasil são de tal ordem, as cidades que dobrarão de população em vinte anos, o que significa o dobro de casas, o dobro de empregos, que o arquiteto exaspera-se, como profissional.

     Hoje, sou conservador. Penso que o simples diálogo casa/ edifício é suficiente para perceber o diálogo cultural de uma época . Creio que o desenho passa a extravasar o edifício, passa a ser desenho ambiental. E por isso sou conservador: não se deve demolir, mas conservar o patrimônio arquitetônico que já temos.
Reafirmo as posições de 1953: só mudanças profundas, na estrutura em que vivemos, poderão trazer o equilíbrio entre as formas arquitetônicas.
Desejo dedicar esta aula a meu discípulo e amigo Rodrigo Lefévre, que morreu recentemente pela função social do arquiteto brasileiro.

OSCAR NIEMEYER: A vida é um sopro!

Caros leitores deste blog,
Oscar Niemeyer é um dos mais influentes arquitetos modernos do mundo inteiro. Sua obra é traçada neste documentário, cujas primeiras cenas foram filmadas no verão de 1998. Quase uma década depois, pode-se ver o resultado de um rico trabalho de apuração para traçar os passos e as idéias do arquiteto no ano de seu centenário.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Oscar Niemeyer - A Vida é um Sopro
Título Original: Oscar Niemeyer - A Vida é um Sopro
País de Origem: Brasil
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 90 minutos

Ano de Lançamento: 2007
Estréia no Brasil: 20/04/2007

Para baixar esse filme, clique no link abaixo, está hospedado no easy-share.com.


LESGISLAÇÃO E NORMAS: Nova apostila.

Caro leitor deste humilde Blog!

Está a sua disposição, a nova apostila do curso de Lesgilação e Normas, que será adotada neste semestre! A mesma está em formato .pdf, já formatada e esperando sua impressão pelo site do 4shared.com. Faça seu download pelo link abaixo:

http://www.4shared.com/document/nXCUtUpA/Apostila_-_Lesgilao_e_Normas_d.html

Atenção! De acordo com o Professor, é obrigatório o seu uso para essa disciplina, juntamente com o livro Direito Urbanístico Brasileiro do José Afonso da Silva.

Bom estudo galera!

5 de agosto de 2011

BRASÍLIA: Projeto e construção - Conterrâneos velhos de Guerra.

Outro filme que foi sugestionado e que mudaria nossa visão de Arquitetura (De acordo com o professor) é
o filme "Conterrâneos velhos de guerra".
Documentário que toca em feridas não-cicatrizadas, este é um projeto que o diretor Vladimir Carvalho levou 20 anos para concluir. O consagrado documentarista paraibano – que vive há muitos anos em Brasília – aborda o período da construção da capital federal e as precárias condições de trabalho dos cerca de 50 mil operários.
Com depoimentos de todas as partes envolvidas e imagens raras de arquivo, o filme deve muito à montagem de Eduardo Leone, que se debruçou sobre as 70 horas de materiais durante quatro anos, ajudando a construir um filme épico, operístico, de grande impacto.
Postado por este Blog, através do Youtube.com.br.

Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 01 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 02 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 03 de 16. 


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 04 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 05 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 06 de 16.



Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 07 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 08 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 09 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 10 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 11 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 12 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 13 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 14 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 15 de 16.


Conterrâneos Velhos de Guerra - Parte 16 de 16.


Fim! Boa pipoca, boa paciência (pelo filme picado) e bom filme!

BRASÍLIA: Projeto e sua construção - A cidade Modernista.

Para esse tema, que será abordado pelo nosso Professor de Teoria da Arquitetura e Urbanismo, é de estudo obrigatório as seguintes obras:

A cidade Modernista - Holston, James - S.P 1.990.

Estou disponibilizando em formato .pdf para download pelo 4shared.com, os capítulos:

Capítulo 01 - Primícias e Paradoxos (Leitura obrigatória até 11/08/2.011)
Download: http://www.4shared.com/document/KHD6xFkR/A_cidade_Modernista_-_Cap_01_-.html


Capítulo 02 - Utopia Arquitetônica (Leitura obrigatória até 18/08/2.011)
Download:
http://www.4shared.com/document/i7aeP7SV/A_cidade_Modernista_-_Cap_02_-.html

Sinopse:
Demonstrando as contradições inerentes à racionalidade e ao projeto utópico modernos, Holston realiza um exame crítico extremamente original de Brasília, seja como projeto urbanístico e arquitetônico, seja como projeto político.

3 de agosto de 2011

Semestre voltou e o Blog também!

Voltamos com algumas reformulações e novas postagens! O Design está mais claro e objetivo, assim será permitido um estudo mais confortável para os olhos! Espero que gostem da mudanças que fiz! Estou aberto à propostas! Bem vindos ao novo semestre de aulas!
Abraço a todos!

AULA 02/08/2.011 - PROJETO DO SEMESTRE.

Sim! Já temos projeto!
Após algumas discussões, conchavos, parcerias, desilusões e negociações, chegamos ao que se segue:

Formados grupos de 6 pessoas e subdivididos em duplas (que já foram formados e anotados), o grupo deverá apresentar o projeto arquitetônico de um SHOPPING, um HOTEL e um FLAT. Lembrando que cada dupla, deverá trabalhar com um dos três temas, finalizando os três trabalhos para o grupo.

Cada dupla deverá apresentar seus projetos em 4 pranchas com as escalas a seguir:

Implantação: 1:500
Desenho técnico (Croquis, elevações, baixas): 1:200
Andar tipo: 1:100
Unidade andar: 1:50

A Maquete do projeto, deverá ser entregue na escala 1:500, e deverá obrigatoriamente ser branca.
Cada dupla terá 5 minutos cronometrados (Hum, sei!!) para apresentar seu respectivo projeto.

A Data da entrega corresponde à duas semanas antes da semana de avaliações. Sendo assim, pelos meus cálculos, a entrega será entre 1.º e 08 de Novembro. (Semana de provas: 16 à 28 de Novembro).

Cada integrante deverá apresentar seus rabiscos pessoais em seu respectivo caderno de projeto como parte integrante da avaliação! Sim! Cada um com seu caderno bem preenchido de pesquisa, diagrama de bolhas, etc...

Indicação de Obras dado pelo Professor: Hotel Renascense, Conjunto Nacional e o Copan.

O que tenho a dizer é somente: Boa sorte à todos!!